“Como assim?! Claro
que meu filho é meu!!!” Você deve estar pensando. A psicóloga
pirou de vez!!! (risos)
O título tem mesmo a
intenção de mexer e cutucar com as mãezinhas que nos visitam.
Quando digo que ele não é seu, é que quero dizer que ele é DELE!
Claro que enquanto
pequenos e sem entendimento dos perigos da vida cabe a nós, mães,
resolver o que é o melhor para nossas crias. Mas e quando eles já
passam a ter opinião própria? Muitas mães continuam planejando e
pensando por seus filhos mesmo depois de que eles estão adultos e
com suas próprias famílias. Se ele for do tipo rebelde vai viver em
“pé de guerra” com a mãe. Se for obediente, poderá ter muitos
problemas no casamento, caso a esposa pense diferente da sogra. Assim
sendo, quando mais cedo entendemos que nossos pequenos são pessoas,
indivíduos e passamos a tratá-los como tal, mais suave serão as
mudanças, os momentos de crise que fazem parte do desenvolvimento
(dele e seu).
Continuando o tema da
terça-feira passada com relação aos meus sonhos e os sonhos que a
Nadine ainda nem tem... se me policio para não colocar nela as
MINHAS expectativas o que procuro fazer é criar oportunidades de
contato com tudo que possa vir a ser interessante e que está ao
alcance. Por exemplo: pretendo colocá-la para fazer natação ano
que vem (mais por segurança que por qualquer outro motivo). Pode ser
só mais uma diversão, ou quem sabe ela toma gosto? Assim como pode
ser que tome gosto por balé, ou judô, ou caratê, ou piano, ou
quaaaaaalquer outra coisa que quando estiver maior e souber dizer no
que tem interesse.
O importante é ficar
atenta à criança e não aos seus sonhos. Estimular é importante,
mas também deve ser interessante para a criança, se não pode virar
punição. Quando Nadine tinha mais ou menos 1 ano e descia com ela
para brincar no pilotis do prédio comecei a ensinar as cores
mostrando os carros dos estacionamento, mas ela não se interessou
tanto pelas cores, mas mais pelas letras e números das placas. Isso
quer dizer que ela tem mais tendencia para ser escritora que ser
artista plástica??? Isso significa NADA!!!
Um dos sonhos que me dá
mais orgulho é que ela possa vir a ser uma escritora (Meu sonho
infantil de carreira frustrado (pelo menos por enquanto)), mas esse
sonho é MEU, não DELA.
No entanto os modelos
que cercam o mundo da criança podem ser fatores decisivos. Eu gosto
muito de ler, de escrever, de trabalhar com gente, já o pai dela
trabalha com tecnologia da informação, tem um skate em casa, mesmo
que esteja “aposentado” da atividade. Os avós paternos são
bastante religiosos e ativos em movimentos de evangelização, a avó
materna é extrovertida e gosta de viagens e festas enquanto o avô
materno é tímido, sensível e também gosta de escrever. A minha
pequena tem um leque bem diferenciado e pretendo ampliá-lo sempre
mais e mais.
Cristine Cabral
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