“Eu não quero nada
para a Nadine.” Quando eu digo isso, os julgadores de plantão, ou
os que se contentam com poucas informações e emitem opiniões sem
maiores aprofundamentos dizem logo: “Que mãe desnaturada,
irresponsável!”
E eu acho graça!!!
Veterinária |
Bailarina |
Eu não quero nada por
que quem tem que querer é ELA!
Quem me conhece no
mundo real (além do virtual) e está na minha lista de amigos do
facebook tem acesso ao álbum “Que será que, quando crescer,
Nadine vai ser?” no qual compartilho diversas fotos dela nas mais
variadas situações, que me fazem lembrar alguma profissão ou
alguma característica pessoal. Tem fotos dela com dias de nascida e
até hoje sempre aparece uma nova situação. Na maioria das vezes em meio às brindeiras, ou observações dela.
Decoradora |
Acho muito divertido
sonhar com um mundo de possibilidades que existem e que ela pode
escolher. Mas não tenho um sonho preferido. Tipo: “Meu sonho é
que ela seja médica, juíza, diplomata, etc, etc, etc. Sonho que ela
seja FELIZ. O caminho cabe a ela escolher. E meu papel será estar ao
lado para dar todo o auxilio, informação, suporte e tudo mais que
estiver ao meu alcance para ajudá-la.
Então se ela quiser
ser atleta, dançarina, artista plástica, não direi a ela que
“Essas coisas não dão dinheiro.” Direi “Com essas coisas,
precisa de mais tempo e mais dedicação até que se consiga ganhar
dinheiro.”. Se ela quiser ter uma profissão mais formal estarei
sempre disponível para apoiá-la nos momentos em que as coisas
ficarem difíceis e ela tiver vontade de desistir do sonho dela...
seja lá qual for.
Intelectual |
Claro que vou babar até a morte, me inflar de todo orgulho que uma mãe pode ter, se um dia o reconhecimento que ela venha a receber seja uma
medalha olímpica, um Grammy, um Oscar, ou um Nobel (de física, ou
literatura, ou da paz). Mas desde que estes sejam apenas uma
consequência de um trabalho bem feito e não um fim em si.
Assim como ficarei um tanto desapontada se ela escolher ser uma "Mulher Fruta" do Funk, ou uma Panicat (Assistente de palco de um programa chamado Pânico cujas moças têm como principal atributo exibir-se de biquines minúsculos e se exporem em situações vexatórias.). Mas como disse anteriormente, se essa for a escolha dela e ela acreditar realmente que será feliz, esterei ao lado para apoiá-la depois de conversarmos sobre todas as vantagens, desvantagens, possibilidades e consequências. Pode ter alguém que esteja pensando agora que esta conversa seria para que eu mude a cabeça dela. No entanto já tenho uma certa prática de entender o ponto de vista do outro (a profissão e a vida têm me ensinado isso). Entender não significa concordar, mas apenas respeitar. Por outro lado vou comentar, como me sentirei caso a escolha dela seja algo parecido, mas que isso não muda coisa alguma entre nós.
Ainda não é hora de pensar nisso, como o título diz... tudo isso são Sonhos de Mãe.
Na próxima terça-feira
vou falar de como estou atenta para o desenvolvimento da minha
pequena. Minha palavra de ordem não é estimular e sim oportunizar.
Não perca!!! (risos)
Cristine Cabral
Amei esse post! Estou sempre acompanhando, só falta agora marcarmos nossa reuniãozinha! bjo
ResponderExcluirCecília, lembrei do seu percurso profissional quando estava escrevendo esse post. :)
ExcluirUma pessoa que seguiu os passos que a sua mãe lhe indicou, mas que quando "caiu a ficha" que seria mais feliz indo por outro caminho não teve medo de mudar tudo.
Parabéns. Admiro muito o seu talento.
Cristine Cabral
Amiga, acho que esse post eh um dos que mais traz de você como mãe. E eu lhe admiro muitíssimo com mãe. Acho incrível o cuidado que vc toma em não colocar os seus sonhos como sonhos da Nadine, a liberdade que vc busca dar a ela desde que tinha meses e a liberdade que eu sei que continuará dando a ela sempre. Eu ainda não sou mãe, mas confesso que já tenho muitos sonhos para meus filhos. E vai ser difícil não fazer pressão sobre eles confesso. Eu trabalho com a idéia de mandá-los para estudar fora e quem sabe construir suas vidas fora do Brasil, já escolhi até o lugar para eles, rsrsrs. Mas, às vezes quando ouço meu marido falar, a psicóloga volta a mim, e diz: mas e se nosso filho quiser ser artista? Meu marido logo descarta, e diz "só se for porque eh seu filho, e de psicóloga pode-se esperar tudo". Nessas horas a psi incorpora mesmo e defendo que meus filhos tenham o direito de escolha e que irei apoiar sempre, assim como mostrar as dificuldades e consequencias de suas escolhas. Seu post me fez lembrar de respeitar mais a escolha dos meus futuros filhos, pois assim como vc eu acredito que a felicidade não está no que o dinheiro ganho, com determinado trabalho, pode comprar, mas como vc se sente ao realizar determinado trabalho. É certo que eu quero que eles estudem fora do Brasil, mas justamente para dar ainda mais opções de escolha a eles e mamãe vai apoiar sim o que decidirem, seja qual for a escolha, sejam futuros artistas ou psis eu estarei lah para ajudar!
ResponderExcluirSeu comentário acabou de me lembrar um aspecto que não explorei no texto. E se o sonho da mãe for diferente do sonho do pai? E se for filho-único? E mesmo que sejam mais de um, quem vai seguir o sonho de quem?
ExcluirMais fácil deixar eles escolherem por eles mesmos heheheh