O assunto palmada vem sendo discutido, debatido e avaliado nos últimos tempos. Uns dizem que sim, outros dizem que não. Vou falar um pouco de mim, sim, já dei palmadas na minha filha. Não sei quantas vezes, não contei e nem vou contar. Dei quando foi necessário, depois de esgotar todas as negociações entre mãe e filha, depois de pedir uma, duas, três vezes e pôr no castigo...

Por ser uma criança destemida e ativa muitas vezes consegue me tirar do sério! Claro que ela tenta medir forças comigo e me desafia diariamente, a parte boa é que geralmente conseguimos nos entender. Educar é uma tarefa árdua e é feita diariamente a todo momento e em todo lado.
Não sou a favor e nem contra a palmada, entendo é que passamos do 80 para o 8, em tempos era demais e agora virou caso de justiça. Sou absolutamente contra violência e abuso físico ou verbal. Como a Cristine referiu, no texto A Palmada, não se mede a intensidade de uma palmada, sim realmente isto é impossível! Mas a finalidade sim, bater sem motivo, ou por qualquer coisa que a criança faça de errado também não se aplica. A linha entre a violência e a assertividade é ténue...nessas horas que entra o nosso amigo bom senso. Daí eu chamar de estalo, faz mais barulho que propriamente dor.

Eu amo minha filha, demonstro amor, carinho, cuido, acompanho sua educação, oriento, dito regras... faço tudo isso e um pouquinho mais, uma palmada no momento "certo" não me torna uma mãe má! Não me orgulho de o fazer e ultimamente não tem sido necessário... isso sim, é motivo de orgulho. Continuo a explicar e negociar uma, duas e três vezes e quando chego ao ..."Vai ser preciso uma palmada minha filha?" ... Ela já desiste... (risos). Também tem os dias que reconheço que errei, também falho e peço desculpas a ela. Só queria que os pais entendessem que a palavra culpa não se aplica nesses casos.
O mundo não é beeem cor-de-rosa, a vida não é fácil...quando crescemos as pessoas não falam sempre baixinho e com calma, os nossos chefes nem sempre são bonzinhos, as pessoas não estão sempre de bom-humor e muita vezes escutamos o que não queremos, bem como fazemos o que não gostamos, por isso...
As crianças precisam entender que não podem fazer tudo, que é preciso ter regras e disciplina... juntamente com o amor, apoio, carinho e compreensão dos pais. Entender e aceitar o "NÃO". Se for possível ser feito sem palmada, melhor ainda! Aprender a lidar com as frustrações é um grande desafio para elas, por isso que não é difícil ver crianças berrando e esperneando no chão quando não conseguem algo. E voltamos ao texto da Cristine, Punir, só, não resolve.
O papel dos pais de educadores é diário. Um desafio diário!
Saudações de terras lusas...
Taciana Ferreira
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