segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Mal entendido, ou Mau entendido?

Não, não vou escrever sobe regras gramaticais não. Vou falar sobre como confusões acontecem por motivos banais.

Faço parte de um grupo virtual que conta com mais de dez mil membros. E sabe como é... onde tem muita gente, as opiniões são diferentes e sempre tem algum "bate-boca". É mais ou menos assim:
Alguém vem e pergunta:

- Azul é bonito?
E as respostas vão surgindo:
- Sim, é lindo.
- Todos os tons são lindos.
Até que aparece alguém:
- Eu gosto mais de verde, é a cor da natureza, é a cor da vida.
- Mas azul é a cor do céu é a cor da tranquilidade...
O que poderia ser visto como simples opinião particular passa a ser visto como uma "indireta".
- Quer dizer que por eu gostar de verde não posso ser uma pessoa tranquila?
E como o tom já passa alguma ideia de rispidez, a outra rebate:
- Não foi isso que eu quis dizer, mas pela sua resposta já dá para saber que você não é lá tão tranquila assim.
E está montado o "barraco":
- Olhe, você nem me conhece para saber se eu sou ou não tranquila, o que eu sou ou deixo de ser. Isso é muito é falta de louça na sua pia... blá blá blá.

Infantil, não?! Agora acredite, ou não, isto tem se tornado rotina... os assuntos são dos mais importantes como amamentação, parto, creche, aos mais banais, se a pessoa escreveu corretamente, se se expôs demais, etc, etc, etc.

Mas isso não é "privilégio" deste grupo. O mundo virtual está cheio de coisas assim e que acabam invadindo o mundo real. Por exemplo: Tem gente que não pode ler um "Tem gente que..." que já se sente provocado, como se todo comentário de uma determinada pessoa fosse uma indireta e se ofende, vai tomar satisfações, ou se afasta... triste, não?!

Quando pensei no título desse post foi lembrando das várias situações que surgiram por MAL entendido mesmo. As vezes é uma questão de escrita. Uma vírgula esquecida pode mudar todo o contexto do que se queria dizer. Outras vezes é uma questão de inabilidade de quem está escrevendo. A pessoa pensa A, escreve B e quem leu, entendeu C, pensou D e escreveu E... confuso, não?!

Mas acontece também a questão do MAU entendido. Em vez de ver o lado bom do comentário, ou pensar que pode ter interpretado diferente, ou mesmo que a pessoa não se expressou bem, ou ainda que, mesmo que seja uma indireta, que não necessariamente é para você, já que não é a única pessoa que irá ler aquilo. Ou seja, usar de bondade. Se ficar difícil, uma "cegueira seletiva" pode ajudar a evitar atritos desnecessários e muitas vezes com pessoas que nunca viu (nem vai ver) na vida.

E mais importante de tudo é o RESPEITO. Respeito às diferenças: de opiniões, de estilo de vida, de gostos, de filosofia, de religião, de time de futebol... seja lá do que for. Principalmente se a questão é de gosto. Se uma gosta de rapadura e a outra prefere petit gateau. Ok. São gostos diferentes e ponto final. Ninguém é melhor, nem pior que ninguém. Todos somos seres humanos e devemos ser tratados como tal. 

Seria bom que a geração da minha filha crescesse num mundo onde o respeito fosse prioridade. Mas como conseguir um mundo melhor, se tem pais que não dão o exemplo? 

Cristine Cabral

No post de Janeiro "Mãe NÃO é tudo igual." falo um pouco mais sobre maternidade e diferenças.

2 comentários:

  1. Cristine, bom dia. SENSACIONAL, a simplicidade como "desenhou" o que o mundo (sem exagero) está passando.

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  2. E , pasme-se, foi escrito há 9 anos....

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