sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

O seu filho come bem ou mal?


Já há uns quatro dias que a Maria Eduarda está com tosse, nariz escorrendo...e o peito cheio. Ela costuma se alimentar muito bem e adora comida "de panela", mas nesses dias "doentinha" fica sempre sem grande apetite. Ontem na hora do jantar foi aquela festa para tentar que ela comesse metade da comida que estava no prato. Bem, depois de todos os argumentos e após algumas garfadas não insisti mais. Pulei essa etapa e fui para a fruta, que ela adora e lá foi uma banana quase toda. Ela ficou bem e eu dei-me por satisfeita. É importante não fazer que o momento da alimentação vire uma guerra de poderes entre pais e filhos.

A comida é uma necessidade primária que está diretamente associada ao prazer. O processo normal da ingestão é: sensação de fome - ingestão - prazer - saciação - detenção da ingestão. Nesta sequência só a saciação repetida que quebra  com este ciclo harmônico, pois podemos beber sem sede como também comer sem fome. É quando entra em jogo o que os pais ensinam aos filhos no que diz respeito a alimentação.


Um dos paradoxos atuais se dá no fato do padrão de beleza estar ligado ao "ser magro", ou esbelto. Mas é comum vermos bebês e crianças gordinhas, sim. Mas afinal, onde está o problema? Um problema comum é que as crianças não costumam se preocupar com o peso até uma certa idade, mas com a chegada da adolescência esta preocupação pode vir a tornar-se excessiva. Sendo mais comum este comportamento nas meninas.

Gosto de utilizar alguns casos com que me deparei enquanto psicóloga. Acompanhei um caso em que a criança vomitava diariamente, tinha muita falta de apetite e restrições alimentares... Descartado inicialmente algum problema físico ao conversar com a mãe não foi difícil encontrar o problema. Os hábitos alimentares da família eram "light" e "diet", mas ao extremo! A mãe tinha problemas com aumento de peso, então estava nessa constante guerra com a balança. A questão é que encaminhou o seu problema ao filho, sem querer claro! Como restringia a entrada dos alimentos em casa tornou a sua dieta a dieta do filho e o mesmo não estava a gostar nada disso. Claro que um caso desses envolve muitas variáveis e não vou conseguir explicar todos os detalhes e pormenores, mas queria mostrar o quanto os nossos hábitos alimentares influenciam a alimentação dos nossos filhos.

Situações esporádicas e pontuais podem não serem consideradas problema, agora quando isso se torna frequente e começa a ser prejudicial para a saúde da criança...sim é preciso intervir.

Aqui vão os Transtornos alimentares "maiores":

- Excesso de peso;
- Obesidade;
- Ruminação;
- Bulimia;
- Anorexia.

É importante detectar um problema a tempo como também descartá-lo depois de ser explorado. Cada transtorno referido será melhor explorado nos textos a seguir.

O bom é que os pais já estão mais conscientes disso e muitos já têm cuidado com o levam para casa. Até já adquiriram melhores hábitos para encorajar os filhos. A vida é isso mesmo uma eterna e constante aprendizagem! E admiro esta atitude. 


É muito simples, questione-se; O meu filho come bem ou mal?

Saudações de terras lusas!

Taciana Ferreira




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