Depois de 3 anos, 6 meses e 27 dias dei a primeira palmada. Na verdade foi mais um "peteleco" de três dedos. Mas que cumpriu a função de palmada.
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Estava de uma forma que praticamente todos os dias tinha um "teste": "Mamãe, eu não quero essa comida."; "Mamãe não quero que você fique no computador." Frases corriqueiras, mas o diferencial estava no tom. Praticamente uma ordem.
Então no sábado passado fomos ao shopping depois da vacinação. Fizemos algumas compras, tomamos sorvete, etc. Na volta resolvi passar em um drive thru e comentei que a gente ia passar nesse lugar no caminho para casa e ela foi categórica: "Não quero que você compre nada lá." E eu nem liguei.
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Quando estou prestes a sair do quarto encontro com ela quase na porta, com a caixa de comida na mão, chorando e enquanto dizia "Eu não quero isso!!!" jogou a caixa no chão. Nessa hora a "Psico" foi para o beleleu e ficou só a mãe. O milésimo de segundo de retorno a consciência foi suficiente para controlar a força.
Reconheço que só dei a palmada mesmo devido ao descontrole emocional. Fique com muita raiva mesmo da atitude dela. E continuo 100% contra a palmada. Mantenho todos os argumentos de escrevi na postagem A Palmada.
No mesmo instante o choro mudou, e ela pediu desculpas. Pedi que ela ficasse sentada enquanto eu me acalmava. E mais calma voltei. Primeiro dei um abraço, pois percebi que ela estava muito sentida, ela pediu desculpas de novo e sentei para explicar o que tinha acontecido. Expliquei mais uma vez que ela pode ficar com raiva, mas não pode jogar as coisas no chão, principalmente comida. Disse que não gostei de ter feito o que fiz, mas foi a atitude dela que me tirou do sério. Que não quero nunca mais ter que fazer isso, mas para isso não acontecer mais ela tinha que me prometer que não ia mais fazer isso. Fizemos as pazes, ela me pediu desculpas mais uma vez e fomos comer o que eu tinha comprado.

A palavra chave aqui é respeito. Eu devo respeitar o sentimento dela, mas ela também deve respeitar-me e a qualquer outra pessoa.
O que não pode haver é sentimento de culpa, nem minha, nem dela. Nós duas erramos, mas todo o episódio serve de lição a ser lembrada.
Espero que não volte a acontecer... mas não dá para prometer...
Cristine Cabral
Cristine, conheci o blog ha pouco, estou adorando a leitura, obrigada por nos passar sua experiência... Olha, tenho um menininho de 2 anos e 9 meses, ele é o caçula de quatro irmãos beeeem mais velhos (14, 15 e 15 anos), mas ele se comporta como se fosse filho único, dono de tudo e de todos, mandão e manhoso... Juro que tento, mas tem dias que tenho que coloca lo de castigo a cada 3 horas. Socorro!! rs
ResponderExcluirRosana, obrigada pelo seu comentário. Ficamos felizes em saber que gostou do nosso texto.
ExcluirQuanto a sua dúvida, incluiremos na nossa pauta de posts futuros. Mas um outro post mais antigo pode dar alguma ajuda até lá:
http://psicomaes.blogspot.com.br/2012/11/ouwnnn-o-bichinho.html