terça-feira, 10 de setembro de 2013

Que fazer?

Há pouco tempo assisti um vídeo na internet no qual um pastor evangélico justificava por que a esposa deve ser submissa ao marido. Segundo ele (que não guardei o nome), a esposa deve estar "sob a missão" do marido. Que antes da moça se casar, deve avaliar bem qual a missão dele, para saber se o candidato a marido é mesmo uma boa escolha.

Não pretendo debater conceitos religiosos, ou feministas. Só falei sobre o vídeo, por que este me fez pensar, não na missão de um possível candidato a marido, mas sim na MINHA missão.

Ser feliz? Mas já sou feliz! Pois concordo com o Einstein:
Trabalhar, cuidar da casa, ganhar mais dinheiro? Isso é obrigação, é necessidade que o sistema nos impõe. Cuidar e educar minha filha é prazer, já está incluído na felicidade.

Voltei ao resultado do meu teste das Âncoras de Carreira que descrevi na postagem "Mãe NÃO é tudo igual" para pensar um pouco mais sob outra ótica. Minhas duas principais âncoras são: "Dedicação a uma causa" e "Autonomia e Independência".

Bom, autonomia e independência, já adquiri alguma, não tanto quanto desejo, mas ainda não seria o foco mais importante. 

E qual é a causa a qual me dedico? Educação!!! Sim. Não só a educação da minha filha, ou a minha própria, mas a dos meus pequenos clientes, dos pais deles, algumas vezes, dos "clientes grandes", de algumas de vocês que eventualmente pedem ajuda, uma dica, ou orientação...

Então lembrei deste texto que usava em treinamentos na época em que trabalhava com Psicologia Organizacional:

"O Menino e o Bombeiro
A mãe ao lado da cama de seu filho de 6 anos, que estava doente de leucemia terminal. Como qualquer outra mãe, ela gostaria que ele crescesse realizasse seus sonhos. Junto dele pegou-lhe na mão e perguntou:
- Filho, o que gostaria de ser quando crescer?
- Mãe, eu sempre quis ser um bombeiro!
A mãe sorriu e disse:
- Vamos ver o que podemos fazer.
Mais tarde, naquele mesmo dia, ela foi ao Corpo de Bombeiros local e contou ao Chefe dos Bombeiros a situação do seu filho e perguntou se seria possível menino dar uma volta no carro dos bombeiros, a volta da cidade.
O Chefe dos bombeiros, comovido, disse:
- NÓS PODEMOS FAZER MAIS QUE ISSO!
Se você estiver com o seu filho pronto às sete horas da manhã, daqui a uma semana, nós fazemos o menino bombeiro honorário, por todo o dia. Ele pode vir para o quartel, comer conosco e sair para atender às chamadas de emergência. E se você nos der as medidas dele, nós conseguimos um uniforme completo.
Uma semana depois, o chefe dos bombeiros pegou no menino, vestiu-lhe o uniforme de bombeiro e levou-o do hospital até caminhão de bombeiros.
O menino ficou sentado na parte de trás do caminhão, e foi até o quartel. Parecia que estava no céu...
Ocorreram três chamadas e o menino acompanhou todas as três.
Em cada chamada, o menino foi em veículos diferentes: no auto-tanque, ambulância dos paramédicos e até no carro do comandante dos bombeiros.

Todo o amor e atenção que foram dispensados ao menino acabaram por dar mais força, a ponto de ele viver três meses a mais que o previsto.
Hospital da Criança: o pequeno Joel, que está internado com quadro de desnutrição, recebe o uniforme do Corpo de Bombeiros. Seu sonho é se tornar um bombeiro(Foto: Governo do Maranhão)
Uma noite, todas as suas funções vitais começaram a cair dramaticamente e a mãe decidiu chamar ao hospital, toda família.
Então, ela lembrou-se da emoção que o menino tinha passado como um bombeiro, e pediu à enfermeira que ligasse para o chefe dos bombeiros, e perguntou se seria possível enviar um bombeiro para o hospital, naquele momento trágico, para ficar com o menino.
O chefe dos bombeiros respondeu:
- NÓS PODEMOS FAZER MAIS QUE ISSO!
Nós estaremos aí em cinco minutos. Mas faça-me um favor. Quando ouvir as sirenes e vir as luzes de nossos carros, avisem no sistema de som que não se trata de um incêndio apenas o corpo de bombeiros vindo visitar mais uma vez, um dos seus mais distintos integrantes. E também se poderia abrir a janela do quarto dele?
- Obrigado!
Cinco minutos depois, uma ambulância e um caminhão com escada chegaram ao hospital.
Estenderam a escada até o andar onde estava o menino, e 16 bombeiros subiram.
Com a permissão da mãe, eles o abraçaram, seguraram, disseram que o amavam.
Com a voz fraquinha, o menino olhou para o chefe perguntou:
- Chefe, eu sou mesmo um bombeiro?
- Sim, um dos melhores - disse ele.
Com estas palavras, o menino sorriu e fechou seus olhos para sempre."
(Autor Desconhecido. Obs.: Se você ao ler essa história souber a fonte, por favor, nos informe para colocarmos nesse artigo os devidos créditos.)

Já li centenas de vezes e ainda me emociono. As vezes chego a chorar... mesmo conhecendo quase decorado. 

Por fim, encontrei onde e como eu poderia FAZER MAIS. Comecei a trabalhar numa escola infantil pública, como voluntária. Há algum tempo já vinha pensando nisso, mas depois de toda essa reflexão, coincidiu de numa conversa informal com a diretora da escola, consegui perceber as demandas e ver onde poderia atuar.

No primeiro dia de trabalho, já vi que vou ajudar bastante e que vou ganhar muito... em experiência, em conhecimento.

E você? Já pensou sobre a sua missão?

Cristine Cabral

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