Seguindo com o tema adoção.
A pessoa que nos mandou essa sugestão de tema, nos perguntou qual a hora certa de contar e como contar.

O "como" pode ser ajudado pela fantasia. Exemplo:
"Era uma vez uma moça que se sentia muito sozinha e então um dia uma fada madrinha trouxe para ela o melhor presente do mundo, o bebezinho mais lindo de todos..."
ou
"(a mesma moça, ou um casal) certa vez foram passear num jardim cheio de lindas crianças e eles escolheram a mais linda de todas para poder dar muito amor..."
Quanto mais próximo da realidade melhor, pois a proporção que a criança for crescendo e tendo curiosidade sobre sua história e as perguntas forem surgindo, mais "fácil" ficará para os pais contar os detalhes e para a criança fica melhor de transformar a fantasia em realidade.
Ressalto um fator de muita importância: se qualquer mãe deve ficar atenta aos comportamentos e sentimentos de um filho, a mãe de uma criança adotada deve estar mais presente ainda, conversar sempre com sinceridade sobre todos os assuntos inclusive a própria adoção. Só conversando muito se pode saber como a criança se sente com relação a este tema.
O ideal é que seja um assunto "normal" sem muitos melindres, ou medo de traumas. Lembrando que proteção demais as vezes é mais prejudicial para o desenvolvimento emocional, como já comentei na postagem "Ouwn, o bichinho..."
Certa vez soube da história de duas irmãs adotadas e uma delas havia se suicidado. E o comentário seguinte foi: "Mas a mãe nunca fez diferença entre elas. Tudo que fez pra uma fez pra outra"
Primeiro: mãe não tem culpa de tudo que acontece com os filhos, principalmente no que diz respeito a forma como eles se sentem. A mãe pode sim ser próxima, companheira, mas o comportamentos e sentimentos dos filhos dizem respeito a eles mesmos. Principalmente depois de adultos.

Terceiro: a moça poderia ter problemas dos mais diversos e variados. Não necessariamente foi algo relacionado à adoção, ou a mãe...

Famosos, mesmo com filhos biológicos, estão dando este exemplo. Antigamente a adoção era um tabu, comentado por julgadores maldosos como meio que a solução de uma "incompetência" biológica, ou por que "foi o jeito" por que as crianças eram colocadas nas portas. Infelizmente existe gente assim, independentemente do tema, vide o post "Inocentemente" indelicada Hoje, felizmente, é visto mais como um ato de amor do que qualquer outra coisa.
E se foi por amor, por que esconder?
Uma criança adotada não é uma "coitadinha" que foi abandonada pela mãe, é uma felizarda de ter encontrado uma mãe, um lar, uma família e muito amor.
Cristine Cabral
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